Pela calada, saiu da cidade do Porto uma vara de porcos metida num autocarro. Alguém pensou por eles, uma vez que os próprios não têm autonomia para tal, que era só chegar a Lisboa, rebentar uns petardos e malhar em alguns civis e já estava.
Como o cheiro que o autocarro emanava era de tal forma assustador a polícia, ao contrário do acontecido aquando do jogo de futebol entre os dois clubes, meteu mãos à obra e a muito custo seguiu a vara de porcos e o seu mini bus. Á chegada à capital, já os suínos e seu chefe macaco esfregavam as mãos, são encostados à berma e intimidados a voltar para trás, coisa que mesmo parecendo impossível, a selvajaria cumpriu. Hoje à hora de almoço estava a ver o noticiário e vejo o seguinte:
"À, o pessoal é bonzinho, queria ir dar beijinhos e abraços, cantar lindas canções e etc. Mas a polícia mázona não deixou porque são feios e maus. Queríamos aqui dizer que somos todos bons rapazes e não fazemos mal a uma mosca..."
A foto refere-se com toda a subtileza ao macaco, aquele que pula de liamba, desculpem, liana em liana pelas ruas da Ribeira.
Estupefacto, nem quis acreditar. Então a polícia não deixa entrar na capital de Portugal meia dúzia de habitantes do norte, fofinhos, bem educados e que até dão catequese ao domingo? Não pode ser...
Mas depois entendi. Mandaram-nos embora porque ficava de veras dispendioso pagar as diárias na penitenciária, que era para onde se dirigiam incoscientemente os animais.
A polícia foi amiga dos portugueses. Pagar aos petardeiros cama, mesa e roupa lavada numa qualquer cela lisboeta era realmente um favor que se estava a fazer à escumalha assassína que já mostrou os seus dotes Bin Ladeiros na Luz ainda à poucas semanas.
Deixo a seguinte sugestão: Na próxima deslocação da corja a Lisboa preparem uma camara de gás. É mais barato e ainda dá para fazer sabonetes...