Rumo ao céu

1 ponto, lembrou e muito bem o colega que assina sob o nome de Benfica até Morrer. Apenas 1 ponto nos separa do céu que, diga-se em abono da verdade, só a nós pode pertencer ou não estivesse o céu reservado para as pessoas de fé. E a fé somos nós meus caros. As largas dezenas de milhares de benfiquistas que, semana após semana, correm em autênticas romarias ao encontro do seu Benfica. Foi sempre assim e este ano, por razões óbvias ainda o é mais. E nem precisamos que nos ofereçam bilhetes pois não precisamos que comprem o nosso apoio. Nós SOMOS BENFICA, amamos o Benfica e isso por si só é motivo mais do que suficiente para o seguirmos, seja nos bons como nos maus momentos. Já foi dito que os grandes clubes se vêm e também se fazem pelos seus enormes adeptos - é por isso também que não temos paralelo netes pequeno país. Às vezes sinto que só não somos invisíveis para o mundo porque em Portugal moram dois gigantes que fazem o mundo olhar para nós com outros olhos. Dois, perguntam-se? Sim, não é só o Benfica. Também há o défice na economia do nosso Portugal.

Infelizmente a grandiosidade gera invejas. Há sempre aqueles que olham de soslaio desejando para eles próprios um mérito que só pertence a quem viu do seu esforço nascer a glória e o reconhecimento de todo o mundo... do que viu e do que desse descendeu. E já se sabe que não há nada pior do que um "vizinho" invejoso. Em especial se a sua índole for assente nas bases do ódio. Todos nós temos um vizinho desses nas nossas vidas... o Benfica também o tem e todos sabem quem é. Um vizinho que durante anos se alimentou de alguma desordem reinante num Benfica que lá ia servindo de sustento a alguns parasitas mas, mais do que isso, que cresceu alimentando-se das mentiras que cultivou e que, de tantas vezes repetidas lá se confundiram com verdades... mas não para todos. O problema desses vizinhos, e maior medo, é que um dia o objecto do seu ódio e inveja se reerga reclamando para si com a legitimidade que smpre lhe foi conferida as glórias da sua existência.

Diria que 60% do nosso país suspira pelo próximo fim de semana. Anseiam pelo minuto final em que possam fazer ecoar as suas vozes num canto único que soará pelo universo. Campeões, nós somos campeões. É a tal fé, inabalável como sempre, sustentada numa obra palpável e de méritos reconhecidos. E ainda que muitos digam que é indiferente podermos ser campeões no antro dos dragões a verdade é que não é bem assim. Há uma carga dramática, com laivos de tragédia grega, inerente a esse cenário. Imagine-se, a casa da vilão tornar-se na casa da . consagração do seu arqui-rival. Épico. E daí vem o perigo. Há que travar esse cenário a todo o custo. Por isso, meus caros, espera-nos um clima de verdadeiro terror. Não duvidem disso. Se conseguem gerar o pânico nas casas dos outros, agredindo agentes de segurança que sempre foram creditados para o efeito, e que por isso mesmo são pagos, como o são polícias e bombeiros, imaginem o que farão no seu antro!

Jesus terá a seu cargo a tarefa de preparar os seus discíplos para momentos de verdadeira provação. Desde a prepará-los para que estes resistam à tentação fácil de responder às provocações dos jogadores da equipa adversária (coisa que já mostraram estar bem preparados para fazer ainda que o ambiente não fosse nem de longe nem de perto idêntico ao que vão testemunhar), até deixar-lhes bem claro que seis deles estarão sob o olhar atento de um certo juiz que poderá ou não fazer o papel de Pilatos na perfeição. O cenário está montado e é verdadeiramente idílico. Emoção vai haver.... isso é certo. Quanto ao desfecho final dessa passagem... bem... para já está no segredo dos deuses... sejam eles quais forem... e dos demónios também. Mas está para breve.

Seja como for eu acredito e, neste ou no outro fim de semana, ou talvez nos dois, lá andarei de rotunda em rotunda, estejam elas reservadas ou não.