Já lá estamos...

Quando olhei para o marcador do tempo e do resultado passavam 15 minutos desde o inicio do jogo.

O Benfica vencia por 1 a 0 o Manchester United e estava a dar uma lição categórica de futebol.

 

Pressão sobre o adversário desde a sua defesa, movimentos pressionantes e colectivos seguros cortando o fio de jogo do adversário, uma vez com posse de bola a equipa mostrava uma coesão fantástica com passes curtos e exactos a toda a extensão da faixa atacante, conseguindo muitas vezes chegar à zona de finalização.

Muitas vezes se viu Nani e Rio empancados na falta de linhas de passe e soluções atacantes.

O Benfica obrigava os vice-campeões europeus a jogar lento e mal, atrasando demasiadas bolas ao seu keeper para ele expulsar a mesma da zona defensiva.

De repente, uma falha infantil de Emerson a meio campo, levou a uma reviravolta no jogo. A sensação que passou foi que a solidez colectiva do Benfica se findou num erro individual. De seguros, até mesmo com aquela arrogância de quem sabe o que faz e que o faz bem, as águias tremeram e deram animo ao seu adversário.

O Manster ganhou velocidade, entrosamento e começou a jogar futebol. Fruto desta mudança nasceu o empate e nessa altura tudo pareceu diferente. Até ao intervalo só a magnifica prestação dos benfiquistas na bancada se salvou. Os adeptos foram incansáveis, intermináveis, incríveis e no mínimo fantásticos. O nome Benfica ficou sonoramente gravado nas bancadas de Old Trafford.

Na segunda parte viu-se um excelente jogo de futebol, rápido e indefinido. Numa joga ilegal, Berbatov em fora de jogo passa à frente no marcador.

E quando tudo parecia ruir, eis que a vontade e qualidade veio novamente ao de cima.

Numa jogada rápida de ataque o 2 a 2 nasceu não só com a sorte do ressalto mas muito pela pertinência da antecipação. Aimar, estrela sempre brilhante em qualquer relvado, marca o segundo e o teatro dos sonhos gelou…

“Mostra a tua raça o teu querer e ambição, nós só queremos o Benfica campeão…” ecoou pelo estádio mítico inglês. A voz dos nossos voltou a erguer-se com a amplitude e altivez de quem conquista…

O final do jogo foi sufocante. A saída da Gaitan foi bem conseguida com matic a equilibrar as contas do meio campo. Em seguida Aimar sai, nessa altura pensei em duas hipótese, ou entra Tacuara e matamos o jogo, correndo o risco de haver azar ou , como sempre, vamos defender o empate… E assim foi, a entrada de Amorim veio solidificar a intenção defensiva.

Valeu pelo apuramento e pela porta escancarada para o primeiro lugar do grupo… Mas não cosidero que o jogo tenha sabido a vitória, uma vez que o Basileia também ali sacou um empate a 3 bolas. Vitória seria ter ganho o jogo e mais nada...

O efeito negativo prende-se muito na lesão de Luisão que vai falhar o jogo menor de sábado frente aos ranhosos e verdes biscondes de alvalidl…